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Inflação pelo IGP-DI desacelera e fecha 2011 com alta de 5%

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Alessandra Saraiva

A inflação medida pelo IGP-DI perdeu força em 2011 e encerrou o ano passado com alta de 5%, menos da metade da apurada em 2010 (11,30%); e a menor taxa desde 2009 (-1,43%). O resultado ficou dentro das projeções dos analistas consultados pelo AE-Projeções (de 4,79% a 5,12%) e foi igual à mediana das expectativas.

Embora não seja mais usada para reajustar a tarifa de telefone, a taxa acumulada do IGP-DI ainda é usada como indexadora das dívidas dos estados com a União.

Preços mais baixos também foram percebidos no desempenho mensal do indicador. Em dezembro de 2011, o índice caiu 0,16% após avançar 0,43% em novembro. A taxa se posicionou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções (de -0,05% a -0,37%) sendo superior à mediana das expectativas (-0,18%). O período de coleta de preços para o IGP-DI de dezembro foi do dia 1º a 31 do mês passado.

Nos três indicadores que compõem o IGP-DI de dezembro do ano passado, o IPA-DI caiu 0,55%, ante avanço de 0,34% em novembro. Por sua vez, o IPC-DI teve aumento de 0,79%, após subir 0,53% no mês anterior. Já o INCC-DI subiu 0,11% em dezembro, em comparação com a alta de 0,72% em novembro.

Atacado
A inflação no atacado medida pelo IPA-DI encerrou 2011 com alta de 4,12%. Em 2010, os preços atacadistas subiram 13,85%.

Um dos destaques foi a perda de força da inflação agropecuária no atacado, que após subirem 25,61% em 2010 terminaram 2011 com alta de 3,15%. Os preços dos produtos industriais também perderam fôlego, com alta de 4,46% no ano passado, frente à elevação de 10,13% no ano anterior .

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais avançaram 3,88% em 2011 contra 6,72% em 2010. Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 3,27% em 2011, contra 8,06% em 2010. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 5,49% em 2011 frente elevação de 33,48% em 2010.

Em dezembro do ano passado, as altas de preço mais expressivas no atacado foram registradas em café em grão (2,84%); suínos (7,69%); e banana (12,42%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado em dezembro foram registradas nos preços de minério de ferro (-7,48%); milho em grão (-4,90%); e bovinos (-2,55%).

Varejo
A inflação varejista medida pelo IPC-DI encerrou 2011 com alta de 6,36%, levemente acima da registrada em 2010 (6,24%).

A aceleração na taxa do IPC-DI de novembro para dezembro do ano passado (de 0,53% para 0,79%) foi causada por acelerações de preços em cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice. O destaque ficou por conta da forte elevação nos preços de Alimentação (de 0,78% para 1,65%). Neste grupo, houve taxa de inflação mais intensa e fim de deflação em itens como carnes bovinas (de 3,20% para 4,72%), laticínios (de -1,10% para 0,25%) e arroz e feijão (de -0,70% para 3,75%).

Outros grupos que mostraram taxas de inflação mais intensas de novembro para dezembro foram Transportes (de 0,08% para 0,59%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,68%), Vestuário (de 0,87% para 1,03%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,39% para 0,42%).

Em contrapartida, houve desaceleração de preços em Habitação (de 0,52% para 0,27%) e em Despesas Diversas (de 0,41% para 0,11%), no período.

Construção civil
A inflação na construção civil apurada pelo INCC-DI encerrou o ano passado com alta de 7,49%, levemente abaixo da apurada em 2010 (7,77%).

A perda de força da inflação na construção também foi perceptível no desempenho mensal do indicador. De novembro para dezembro do ano passado, a desaceleração na taxa do INCC-DI (de 0,72% para 0,11%) foi causada por taxas de inflação mais fracas nos preços de mão de obra (de 1,19% para 0,01%); e de materiais, equipamentos e serviços (de 0,24% para 0,21%).

Entre os produtos pesquisados na construção civil pela fundação, as altas de preço mais expressivas em dezembro do ano passado foram registradas em projetos (1,10%); pias, cubas e louças sanitárias (1,63%); e metais para instalações hidráulicas (0,54%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,40%); argamassa (-0,41%); e placas e cerâmicas para revestimento ( -0,83%).


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